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MST-MS ocupa INCRA e faz marcha ao Ministério Público Federal

Desde segunda-feira, dia 22, o Movimento Sem-Terra, apoiado pela CUT-MS, ocupa a sede do INCRA de Campo Grande. Nesta terça-feira, 23, realizaram uma marcha rumo ao Ministério Público Federal.

Publicado: 24 Agosto, 2011 - 01h22

Escrito por: Palmir Cleverson Franco

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Mais de 200 trabalhadores rurais marcharam rumo ao Ministério Público FederalMais de 200 trabalhadores rurais marcharam rumo ao Ministério Público FederalDesde segunda-feira, dia 22, o Movimento Sem-Terra, apoiado pela CUT-MS, ocupa a sede do INCRA de Campo Grande. Nesta terça-feira, 23, realizaram uma marcha rumo ao Ministério Público Federal, onde entregaram reivindicações.

Centenas de trabalhadores fizeram a marcha da sede do Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, localizada na avenida Afonso Pena até a sede do Ministério Público Federal (MPF), há algumas quadras na mesma avenida.

Ao procurador da república em MS Felipe Fritz Braga, os integrantes do movimento cobram a reforma agrária em Mato Grosso do Sul que foram suspensas desde agosto do ano passado, quando a Polícia Federal prendeu o então superintendente do Incra Waldir Cipriano Rabelo durante a operação batizada de Tellus. O manifesto tem a ver com a demora na nomeação do novo superintendente do órgão.

A PF descobriu um esquema fraudulento na venda de lotes com participação de servidores do Incra. Desde então, o órgão é comandado interinamente. Nem assentado nem acampado recebe qualquer benefício do governo federal.

Da operação da PF para cá o Incra, por solicitação do MPF (Ministério Público Federal) fiscalizava os assentamentos no Estado. Ao menos 30% dos lotes são habitados de modo irregular, segundo o órgão.

O movimento tem sua própria subsistência garantida pela coordenaçãoO movimento tem sua própria subsistência garantida pela coordenaçãoFrancisco Militão Sampaio. Vice-presidente da CUT-MS e coordenador dos movimentos rurais, disse que as entidades ligadas aos sem-terra já enviaram comunicados ao governo federal e ao Incra nacional, mas até agora nenhuma autoridade oficial respondeu o questionamento, no caso, a data da nomeação do novo superintendente.

Militão disse que o protesto vai durar até que as autoridades atendam a solicitação das entidades. Ele informou que mais famílias devem se juntar ao movimento para protestar contra a lentidão do governo em resolver os problemas que afligem a comunidade nos assentamentos rurais.

A mobilização dos trabalhadores rurais acontece também em  Dourados e na Fazenda Itamarati, onde fica o maior assentamento do Estado.  Em torno de 400 trabalhadores do MST e da CUT-MS ocupam o prédio do Incra no centro de Campo Grande.