MS: Mais de 15 mil pessoas dizem não à reforma da previdência em Campo Grande
#GreveGeral Não teve transporte coletivo circulando pela manhã na capital. Manifestações também foram realizadas nas cidades de Corumbá, Dourados e Três Lagoas
Publicado: 14 Junho, 2019 - 17h17 | Última modificação: 14 Junho, 2019 - 17h46
Escrito por: Sérgio Souza Júnior Com informações da CUT nacional e Simted Dourados
Na capital sul-mato-grossense a concentração do protesto aconteceu na Praça do Rádio Clube pela manhã e depois seguiu em caminhada pelas ruas do centro da cidade, culminando com a realização de um ato em frente à agência do Banco do Brasil na esquina das Ruas 13 de Junho com Avenida Afonso pena.
Conforme Genilson Duarte, Presidente da CUT-MS, “Diversos setores paralisaram em apoio a nossa luta, um dos exemplos foram os motoristas do transporte coletivo, os ônibus não circularam por várias horas da manhã em Campo Grande”, disse.
“Eu mesmo fui ao Terminal [de ônibus] Aero Rancho conversar com a população, para sentir a repercussão, conversando com os trabalhadores eles não estavam muito contentes, mas quando falávamos da causa, dos prejuízos da reforma da previdência, percebemos que recebíamos o apoio na maioria das vezes”, ressaltou Duarte.
O Presidente da CUT-MS confirmou a realização de atos públicos em Corumbá, Três Lagoas e Dourados e garantiu que serão realizadas outras manifestações contra a reforma da Previdência.
Segundo Jaime Teixeira Presidente da FETEMS, “esta mobilização atingiu 90% da categoria dos profissionais em educação do Mato Grosso do Sul, nós tivemos mais de 15 mil pessoas presentes em nossa manifestação em Campo Grande”, afirmou o dirigente sindical.
Sueli Veiga, Vice-Presidenta da FETEMS, dirigente da Executiva Nacional da CUT esteve na manifestação de Campo Grande e concedeu uma entrevista para a nossa reportagem, confira.
Site: Qual a sua avaliação das atividades da greve geral no estado?
Sueli: A nossa greve geral, no dia de hoje, 14 de junho, em Mato Grosso do Sul foi um sucesso. Falo pela educação que paralisou 90% das redes estadual e municipais de educação. Todos os 79 municípios vieram para Campo Grande para participar da passeata estadual. Além disso tivemos a participação de diversas categorias, penso que de todas as categorias que compõem os trabalhadores de Mato Grosso do Sul.
Tivemos greves e paralisações importantes como do transporte coletivo, da construção Civil, da alimentação, que são categorias do setor privado importantes e que paralisaram. Senão, o dia inteiro, mas, paralisaram uma parte do dia.
A quantidade de pessoas nas ruas também for surpreendente. Por que, como ontem foi feriado em Campo Grande, e hoje é ponto facultativo, isso dificulta a participação dos servidores públicos estaduais e municipais. Mesmo assim, tivemos uma grande participação.
Considero um dos atos muito importantes que já realizamos em Mato Grosso do Sul. Importante, pela representação. Porque todos os setores estavam representados. Mesmo com poucas pessoas, mas todos os setores e trabalhadores, associações de moradores, e outros movimentos, que não são movimentos comuns nas nossas atividades. Como o movimento das mães de pessoas com deficiência.
As mães foram levar os seus filhos das cadeiras de rodas e participaram de toda a passeata.
A participação do conjunto das associações de moradores, também, foi muito importante. Porque são setores que historicamente não tem isso somado aos movimentos. E agora participaram
Sem falar dos estudantes, que tiveram uma participação, uma presença e um movimento muito bacana.
Para mim, foi sucesso absoluto.
Categorias em luta
70% das obras estiveram paralisadas na manhã de hoje (14), segundo informações de José Neto Abelha, Presidente do SintracomCG (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campo Grande).
Servidores Públicos federais se uniram e realizaram uma grande manifestação na sede do INSS no centro da cidade, tendo início por volta das 7h da manhã.
Trabalhadores do ramo da Alimentação estiveram em protesto na capital do estado e também em Dourados, mobilizados pelos seus sindicatos e pela sua federação estadual, FTIAA-MS.
Protestos também foram organizados em frente à sede do Incra em Campo Grande, protagonizado por militantes do Movimento Sem Terra.
Trabalhadores e lideranças sindicais ligados ao SinergiaMS também realizaram manifestações no dia de hoje.
Servidores Públicos Municipais ligados à FETAM-MS, se mobilizaram e aderiram aos protestos realizados nas maiores cidades do estado.
As centrais sindicais convocaram de forma unificada estas manifestações, em todo o Brasil já são 13,2 milhões de desempregados, número 4,4% maior que o trimestre anterior (12,6 milhões) – uma redução de 552 mil postos de trabalho.
Dourados
Em apoio à Greve Geral, o município de Dourados tem protesto o dia todo, as manifestações tiveram início pela manhã, em frente da sede do INSS no centro da cidade.
Após caminhada pela Marcelino Pires, a principal avenida da cidade, os manifestantes seguiram à pá, em direção até a sede administrativa da UFGD (antigo Ceud). Este protesto é contra as políticas do Ministro da Educação, Abraham Weintraub que nomeou a Professora Mirlene Ferreira Macedo Damázio como interventora para administrar a universidade, além dos cortes orçamentários nas IFES que afetam diretamente a UFGD.