COVID-19: Situação nos frigoríficos foi discutida por FTIA-MS e MPT/MS
A doença do Coronavírus avança nas plantas frigoríficas, sindicatos e a federação dos trabalhadores da categoria estão buscando medidas que combatam a contaminação no local de trabalho.
Publicado: 03 Junho, 2020 - 20h40 | Última modificação: 03 Junho, 2020 - 20h56
Escrito por: Sérgio Souza Júnior Com informações FTIA-MS
Em parceira com o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul, a FTIA-MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de MS) e seus sindicatos filiados, realizaram uma reunião de trabalho com a procuradora-chefe do MPT-MS, Cândice Gabriela Arosio.
A vídeo conferência foi realizada na manhã da última segunda-feira (2), através de vídeo conferência.
Para Vilson Gregório, Presidente da CUT-MS e da FTIA-MS, “a reunião foi muito importante, estamos recebendo inúmeras denúncias de que empresas como a JBS fazem aquele marketing da entrada dos frigoríficos com distanciamento social, porém dentro da empresa as pessoas estariam trabalhando lado a lado” disse.
Conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde, recomenda-se o uso da distância social em locais de trabalho para fins de evitar a contaminação pela COVID-19.
Vilson declarou que os sindicatos da alimentação e a federação estão atuando para proteger a vida dos trabalhadores e também os seus empregos.
A Procuradora-chefe do MPT-MS Cândice Arosio, relatou os TACs que o MPT-MS tem desenvolvido no país e no MS, entre outras ações que visam “estabelecer medidas que combatam a contaminação de trabalhadores de frigoríficos” setor que desde o início da crise, era alvo de preocupação e estudo do MPT-MS devido a quantidade de pessoas envolvidas nesta atividade econômica no Mato Grosso do Sul.
As lideranças sindicais presentes, representantes dos trabalhadores dos municípios de Campo Grande, Dourados, Bataguassu, Sidrolândia, Paranaíba, Três Lagoas e Nova Andradina, Três Lagoas, Nova Andradina, Naviraí, Aquidauana, relataram um cenário de extrema preocupação, em virtude da situação de proximidade dos trabalhadores no local de trabalho, no transporte, no refeitório, entre outras situações, que podem gerar a contaminação pela COVID-19.
A procuradora também afirmou que há um trabalho do MPT-MS que busca elevar o nível do Equipamento de Proteção Individual dos trabalhadores dos frigoríficos para equipará-los ao EPI dos trabalhadores da saúde.
O advogado Paulo Lemgruber vem acompanhando diversas ações desta categoria em outros estados e também no Mato GroSso do Sul, em sua participação na vídeo conferência, ele citou a importância do papel do MPT e dos sindicatos em ações realizadas em Nova Veneza (SC) e Forquilinha (SC), em plantas frigoríficas da JBS que tiveram casos explosivos de contaminação dos trabalhadores pela COVID-19.
Para Vilson “esta reunião foi importante e a luta não vai parar, vamos continuar buscando ações de proteção aos trabalhadores pela ótica da categoria” disse.
Os sindicatos podem fazer chegar ao MPT-MS a vivência destes trabalhadores que atuam na ponta, os mesmos que correm riscos diariamente de contaminação pela sua exposição na área de trabalho.
Após diversos debates, foram tirados os seguintes encaminhamentos:
- Elaboração de um plano de sensibilização da categoria quanto a prevenção de contaminação;
- Atuação dos Sindicatos na Fiscalizacão e denúncias nos canais do MPT;
- Caso as empresas não cumpram as determinações estabelecidas pelos órgãos competentes, os Sindicatos ingressarão com AÇÕES CIVIS PÚBLICAS em face das empresas!
- Participação dos Sindicatos na luta contra a COVID-19 no setor Frigorifico do Estado do MS.
Com informações de Kelly Cristina da Silva, Assessora Sindical e Jurídica FTIA-MS.