Escrito por: Flávio Verão- douradosagora
Cerca de 300 técnicos administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) entraram em greve por tempo indeterminado no dia 15/6
Cerca de 300 técnicos administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) entraram em greve por tempo indeterminado no dia 15/6. Os servidores do Hospital Universitário, gerenciado pela universidade, também irão paralisar as atividades de forma gradativa. Eles são a maioria dos técnicos administrativos concursados pela UFGD, sendo um total 498 funcionários. A greve dos servidores foi oficializada na semana passada, durante assembléia. Os cerca de 800 técnicos administrativos da UFGD vão se juntar ao movimento grevista nacional das universidades federais, que até ontem já tinha 37 universidades em estado de paralisação. A principal briga com o governo é por reajuste salarial.
Franz Maciel, um dos coordenadores do Sindicato dos Técnicos administrativos da UFGD, diz que o movimento de greve inicia hoje somente com os servidores da UFGD. “Os técnicos do HU, que são a maioria, vão aderir ao movimento grevista de forma gradativa”, disse o sindicalista. Ontem ele e uma equipe do sindicato estiveram reunidos com o reitor Damião Duque de Farias para tratar sobre os setores que vão reduzir os atendimentos na UFGD.
De acordo com Franz Maciel, os técnicos administrativos do HU estarão trabalhando normalmente hoje. “Com o andar da greve iremos manter contato com os servidores do hospital para que aos poucos eles passem a aderir a paralisação”, reiterou o coordenador do sindicato. Ele afirma que a proposta não é prejudicar o andamento dos serviços oferecidos no HU.
Já na UFGD, segundo ele, os atendimentos serão reduzidos a partir de hoje. Os técnicos administrativos da universidade estão lotados em todos os departamentos da universidade e são peças fundamentais para o andamento das aulas. Muitos deles estão lotados nos laboratórios onde os alunos desenvolvem aulas práticas. Paralisando as atividades parte da aulas podem ficar comprometidas.
A greve da UFGD está sendo realizada de forma independente da paralisação nacional. “Não definimos uma data para encerrar a greve, mas a partir do momento que decidirmos que iremos terminar o movimento, isso será feito sem a intervenção das demais universidades”, declarou Franz Maciel. Hoje de manhã os técnicos administrativos farão assembléia para discutir a paralisação da categoria. Na sexta-feira eles voltam a se reunir para fazer um balanço da greve. Pelo menos uma vez por semana vão tratar sobre o movimento grevista.
Os servidores técnicos administrativos das universidades federais de todo o país reivindicam reajuste salarial, piso de três salários mínimos, step de 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no anexo IV (ampliação da tabela da carreira), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira das áreas administrativas e dos Hospitais Universitários, e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas. A mobilização da greve é nacional e teve início em 6 de junho, a partir de deliberação nacional em Brasília pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).