Escrito por: Direção CUT-MS

Nota de Solidariedade à Andréia Cercarioli, jornalista da FETEMS.

A CUT-MS repudia a violência relatada contra a trabalhadora que cobria a greve dos servidores administrativos da educação do MS.

CUT-MS
Divulgação

A direção da CUT-MS repudia a relatada violência física e moral por parte de um policial da governadoria do Estado de Mato Grosso do Sul, além da tentativa de cercear o trabalho da jornalista da FETEMS Andreia Cercarioli, uma trabalhadora da comunicação sindical, a qual estendemos nossa solidariedade e apoio.

O episódio aconteceu no Parque dos Poderes, em frente ao prédio da governadoria, em Campo Grande/MS, quando a jornalista cobria a manifestação dos servidores administrativos da educação estadual.

Divulgamos na página da CUT-MS um trecho do vídeo, transmitido ao vivo no facebook, no último dia 23 de maio, onde é possível notar o momento exato quando a jornalista da FETEMS, Andreia Cercarioli, denuncia de forma enfática a agressão, durante manifestação dos servidores administrativos da educação estadual, que estão em greve desde a última segunda-feira (20).

A atividade jornalística é parte intrínseca da democracia e da cidadania, a possibilidade de oferecer uma comunicação sindical compõe uma face importantíssima do diálogo das entidades sindicais com a sociedade em geral, sobre as pautas da classe trabalhadora.  

Segundo o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) a violência contra os profissionais da imprensa aumentou em 30% em 2018, naquele ano foram registrados 135 casos de agressões, envolvendo 227 jornalistas.

O relatório é do ano de 2018, observamos que o relatório de 2017 registrou 99 situações de violência contra jornalistas.

Nota-se no vídeo um componente machista nesta situação, o material completo da gravação está disponível na conta pessoal da jornalista no facebook.

A CUT-MS já fez uma cópia de segurança da gravação completa do vídeo para garantir seu conteúdo.

A jornalista registrou no mesmo dia um Boletim de Ocorrência, onde inclusive relata ter sofrido ameaça durante o episódio. Ela também foi ao hospital, onde recebeu tratamentos médicos, registrados como agressão em seu prontuário.

A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) está dando todo o suporte jurídico necessário para sua funcionária.

A CUT-MS se solidariza com a jornalista Andreia Cercarioli, repudia a truculência policial do governo do estado e a ameaça relatada pela jornalista, situação que considera de extrema gravidade, continuaremos acompanhando o caso com atenção e buscando medidas de proteção à referida trabalhadora.

O vídeo você pode acompanhar através deste link: 

https://www.facebook.com/central.unicadostrabalhadoresms/videos/1335087109980758/