Escrito por: Sérgio Souza Júnior, com informações da CUT Nacional e Câmara de Vereadores de Campo Grande
#600ContraFome o movimento faz parte da ação nacional da CUT, centrais sindicais e movimentos sociais que lutam pelo auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome, carestia e pela vacinação imediata da população
Na manhã desta quarta-feira (26), diversas entidades sindicais e movimentos sociais se manifestaram em frente ao prédio da Câmara Municipal de Campo Grande, em apoio ao projeto de Lei da Renda Básica Municipal, de autoria da Vereadora Camila Jara (PT), que prevê o pagamento do valor de R$300,00 por família em situação de vulnerabilidade, beneficiando assim, 32 mil pessoas na capital do Mato Grosso do Sul.
De acordo com a CUT, a manifestação ocorre em um cenário de trágica situação brasileira, milhões de brasileiros passando fome, de desemprego e de miséria. Tudo isso em consequências da política genocida do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), cujo negacionismo no enfrentamento à pandemia resultou na morte mais de 450 mil brasileiros por Covid-19, além da falta de políticas efetivas de geração de emprego, renda e distribuição da riqueza.
Conforme Vilson Gregório, Presidente da CUT-MS “esta ação é uma de reivindicação contra a fome que estamos fazendo em todo o Brasil pela volta do auxílio emergencial de R$600,00 e aqui em Campo Grande, estamos na luta exigindo que votem esta renda emergencial municipal o mais rápido possível, o povo está passando necessidade, o prefeito enrola em seu discurso querendo dar cesta básica, mas queremos o pagamento em dinheiro para a população ter dignidade, poder comprar nos bairros, para movimentar a economia” disse.
O Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Vereador Carlos Augusto Borges, “Carlão” recebeu as lideranças representantes do ato e declarou que “assim que a vereadora apresentar a folha [documento] com as 20 assinaturas, para o trâmite em regime de urgência, eu coloco para votar. Sou obrigado pelo regimento a colocar no mesmo dia que ela me entregar a folha”, concluiu Carlão.
“Nosso ato trouxe hoje muitas organizações sociais para a Câmara Municipal, tivemos de fazer uma certa pressão e foi bom, conseguimos nosso objetivo, conseguimos dar o recado, agora nosso documento está assinado e hoje o vereador Carlão está mais ciente do que já estava sobre a necessidade de atender essas mais de 32 mil famílias que passam fome, que estão vivendo uma situação de calamidade” disse Marina Nunes, dirigente do MST.
O Presidente do PT, Agamenom do Prado, leu trecho da carta entregue ao Presidente da Câmara Municipal, onde o movimento denunciava "a falta de planejamento e a lentidão no processo de vacinação e o retorno do país ao mapa da fome" situação que também compõem o cenário em Campo Grande, onde milhares de pessoas estão passando por necessidades "vivendo abaixo da linha da pobreza, [com] desemprego, fome e falta de perspectiva".
#600ContraFome O ato faz parte da ação nacional da CUT, de diversas centrais sindicais e movimentos sociais, que neste dia realizam ações nas ruas e nas redes sociais contra a fome e pela volta do Auxílio Emergencial de R$600,00 no mínimo.
A manifestação em Campo Grande, foi convocada pelas redes sociais e contou com o uso de máscaras e álcool gel pelos seus participantes, em virtude da pandemia.
Renda básica em Campo Grande
Segundo o site da vereadora Camila Jara (PT), o projeto de lei foi apresentado devido ao “índice de desemprego em nosso município, que já atinge quase 60 mil pessoas”.
A vereadora apresentou então o “projeto de lei que autoriza a prefeitura a implementar a renda básica emergencial cidadã no valor de R$ 300 por família, cuja ação visa beneficiar 32 mil famílias campo-grandenses. Além disso, com a posse do cartão, essas famílias vão fortalecer a economia local ao comprar comida, gás e outros itens no comércio do micro e pequeno empresário e, com isso, garantir ou até mesmo gerar empregos” diz trecho do site da vereadora.
Saiba mais em: O Projeto Renda Básica Cidadã é emergencial! - Camila Jara
Sérgio Souza Júnior